sexta-feira, 6 de abril de 2012

8

mal ele sabia que a espera seria eterna, ela não iria aparecer, tinha algo melhor pra se ocupar. O café esfriou, seu coração também, o único som presente, era da propria respiração e aquele barulho da cidade, aquele que a música fala tanto... Não se sabe ao certo, mas ele deve ter ficado ali por dias, doi ou três, olhando pra televeisão delsigada, com ou sem luz do sol, mas ele permanecera ali, no calor do choque emocional. Nos pedaços de sua auto estima, caíam as lágrimas, uma por uma, tornando o dia além de triste, molhado e frio. Quando se deu por si, sua barba estava grande e a poeira cobria todo apartamento, a luz fraquinha do sol indicava que ja era de manhã. Ele se levantou, foi ate o banheiro e jogou toda agua possivel no rosto, na cabeça, nas costas...tirou a roupa e entrou no banho, ficou por horas com o rosto debaixo d'agua, nenhum pensamente concreto parava na sua cabeça, era uma decepção absurda, mas ele tinha que continuar, o único problema era de onde tirar força pra isso. Solução: Café! Ele fez o seu café, como sempre fazia, jogou a cafeteira italiana de 1953 na pia e se jogou no sofá com a caneca do star wars cheia ate a boca, tomou em dois ou três goles e ja foi fazer mais. Era aconchegante, quente, trazia calor "humano" pra si.